Conheço poucas pessoas altamente sensíveis (PAS) que não têm o hábito de ler. Por que será? Dentre tantas delícias, a maior delas: ler acalma o nosso cérebro safadinho.
Já escrevi antes que o cérebro altamente sensível decodifica tudo, você estando consciente disso ou não.
Quando mergulhada numa leitura gostosa, uma PAS poderá sentir alívio, pois o foco autorregula o sistema nervoso.
E se você se identifica como uma pessoa altamente sensível, sabe muito bem o paraíso que é ter a mente calma.
Se autoconhecer para viver melhor
Minha estante de livros é eclética: tem poesia, romance, autobiografia, história, crônica, quadrinho, livro infantil, livro técnico e também alguma coisa de psicologia e desenvolvimento pessoal.
Particularmente, sou apaixonada por autoconhecimento. Tudo que se refere ao ser humano e sua forma de ser e estar no mundo, me atrai.
Essa ~investigação de si~ que o autoconhecimento proporciona é fundamental se queremos ser pessoas e profissionais melhores.
Por isso, no artigo de hoje, separei alguns livros que me ajudaram a entender o que estava acontecendo comigo.
O traço da alta sensibilidade, quando não identificado, causa na gente uma série de perguntas autodestrutivas. Passamos por constrangimentos e começamos a indagar: ~Por que isso sempre me acontece? Por que minha amiga não consegue entender o que eu digo? Por que aquela notícia me afetou tanto? Será que tem alguma coisa errada comigo?~.
Ler sobre alta sensibilidade é sentir-se em casa. É poder descalçar os sapatos, após um dia agitado, e relaxar.
Garanto pra você: quando aprendemos a conviver com a nossa personalidade altamente sensível, a vida fica bem melhor.
5 livros sobre alta sensibilidade que poderão mudar sua visão sobre si mesma
#1 Pessoas Altamente Sensíveis: como lidar com o excesso de estímulos emocionais e usar a sensibilidade a seu favor [Elaine N. Aron]
Eis aqui o hino de toda pessoa altamente sensível (PAS). Elaine Aron é a psicóloga responsável por cunhar o termo ~alta sensibilidade~, após extensas pesquisas sobre o assunto, na década de 90.
Este livro foi lançado em 1992 e relançado em 2021, quando, curiosamente, mais pessoas começaram a descobrir o traço da alta sensibilidade.
Todo o meu conteúdo, inclusive, é baseado nos estudos de Elaine. A partir do que aprendi com ela, identifiquei armadilhas na minha própria trajetória e passei a alertar outras PAS.
Se você recém descobriu que é uma PAS, este livro torna-se quase mandatório. Não gosto de obrigar ninguém a nada, mas se eu fosse você, não perderia tempo e começaria a ler hoje mesmo. 😅
- Quantas páginas: 320
- Idioma: Português
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#2 Guia de sobrevivência do empata: estratégias de vida para pessoas sensíveis [The empath’s survival guide: life strategies for sensitive people] [Judith Orloff]
Alta sensibilidade e alta empatia são termos que se interrelacionam. Um não depende do outro, mas, pode acontecer. Já expliquei aqui como saber se você é apenas PAS ou empata.
Este livro é voltado para empatas, mas possui muitas lições poderosas para quem se considera PAS.
Com uma pegada mais espiritual (e nem por isso menos embasada), o livro da psiquiatra Judith Orloff é um guia com técnicas de enfrentamento realistas. Ela fala de limites saudáveis, relações com narcisistas (algo frequente tanto na vida das PAS quanto das empatas), emoções e dinâmicas familiares.
Se você lê em inglês e acredita que não somos só o nosso corpo físico, vá em frente.
- Quantas páginas: 288
- Idioma: Inglês
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#3 O poder dos quietos: como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar [Susan Cain]
Ok, confesso: tenho um ~rancinho~ deste livro, mas botei na lista porque apesar de considerá-lo um pouco taxativo, ele pode ser revelador para as pessoas altamente sensíveis (PAS) que se consideram introvertidas.
O livro não fala especificamente de alta sensibilidade, mas introversão é algo que muitas PAS vivem na pele. Ainda assim, há ressalvas sobre o termo.
Como escrevi no Guia da Pessoa Altamente Sensível, ninguém é uma coisa só. Introversão e extroversão habitam em todas nós, logo, se fechar no rótulo de introvertida não faz sentido. Tanto, que não existe essa história de timidez, sabia?
Timidez é consequência, não característica. E eu ainda fico pistola como as pessoas gostam de se definir como ~tímidas~, mas o livro de Susan Cain desmistifica essa ideia e só por isso, já vale a leitura.
- Quantas páginas: 336
- Idioma: Inglês
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Um livro interessante para quem já teve a saúde mental profundamente abalada, como eu. A leitura é uma espécie de convite para ressignificar experiências traumáticas.
Imi Lo é uma psicoterapeuta que escreve com muita amorosidade sobre coisas difíceis.
Para as pessoas altamente sensíveis (PAS) que já tiveram de lidar com confusões médicas (minha alta sensibilidade foi confundida com Transtorno Borderline e Transtorno Bipolar), a visão de Imi pode ser esclarecedora. Por enquanto, está disponível apenas em inglês.
- Quantas páginas: 256
- Idioma: Inglês
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5. O dom da sensibilidade no amor [El don de la sensibilidad en el amor] [Elaine Aron]
Mais um livro escrito por Elaine, a musa da alta sensibilidade. Este livro é impactante. Ahhh, se eu o tivesse lido antes de começar a me relacionar amorosamente… talvez não colecionasse tantos traumas hoje (olha o drama!).
Com bastante precisão e estudos científicos, Elaine explica como o traço da alta sensibilidade afeta nossas relações (tanto amorosas quanto profissionais, sociais, etc.).
É um ~manual de instruções~ para que as PAS aprendam a construir relacionamentos saudáveis e equilibrados, apesar de toda a intensidade que carregam dentro de si.
Há versões em inglês e espanhol, apenas.
- Quantas páginas: 345
- Idioma: Espanhol
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E um livro bônus
A diversidade invisível: as pessoas AH/SD e a vida profissional [Christine da Silva-Schroeder]
Uma das criadoras de conteúdo que mais gosto de acompanhar na rede é a Christine Da Silva-SchröΞder, PhD, ND♾, autora desse livro que me abriu demais a cabeça.
Eu nunca entendi muito bem o que significava ~superdotação~, mas com essa leitura, não só ampliei o meu olhar a respeito como descobri que possuo altas habilidades.
Acredito que isso se aplica a algumas pessoas altamente sensíveis (PAS), embora não seja exclusividade. Sempre reforço que alta sensibilidade não é dom divino e nem nos torna melhores (se vocês soubessem o tanto de PAS inconsciente e sacana que eu já conheci…).
O livro da Chris abre margem para pensarmos um mundo corporativo neurodiverso e uma gestão de pessoas realmente inclusiva.
Não é uma leitura rápida, são muitas informações densas para processar, mas se você está disposta a conhecer essa parcela da população sob a ótica de uma pesquisadora, recomendo.
- Quantas páginas: 120
- Idioma: Português
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Boa leitura!
