Dizem que empreender é solitário. Eu concordo em partes.
Talvez, empreender se TORNE uma tarefa solitária: você vai, mas algumas pessoas, ficam.
Você começa a estudar, a expandir, a batalhar. As pessoas, mesmo as mais próximas, que amam e conhecem você, estranham.
Perguntam, indelicadas, por que você tá indo por esse caminho e não pelo que todo mundo escolheu.
Te assustam com as possibilidades de dar errado, com o desconforto, com o medo, com a coragem que veem e secretamente admiram em você.
Surge os primeiros baques. As pessoas se mostram quando você começa a crescer.
Até mesmo aquelas que dizem que sempre torcerão por você: será dolorido descobrir que, na real, elas não torcem tanto assim.
Quando você lança ideias, finaliza projetos, desperta empatia e pega na mão das pessoas que confiam em você, não é só amor: tem muita fúria no meio.
Tem invejinha, sim, tem soco no estômago. Tem mesquinharia, olhar torto, cara feia, tem ~bloquear~ nas redes sociais, tem comparação e sentimento de inferioridade. Tem o silêncio diante das suas conquistas diárias. Um silêncio ensurdecedor.
Mas você segue, porque a vida vai te mostrando com quem vale a pena caminhar.
Se realizar profissionalmente é deixar pessoas para trás. Pessoas que não combinavam com você, que atrasavam seu desempenho, que riam das suas tentativas, que te faziam duvidar.
Mudei de atitude há algum tempo, e as pessoas estão se mudando DE mim.
Eu não estou triste, só estou constatando: empreender pode mesmo se tornar uma tarefa solitária.
Mas minha alma está em paz, porque meus sonhos ganharam forma, então melhor assim.
Que saia do meu caminho quem tentar me tirar de mim.