Eu tô com tanta vontade de rir que você não tem noção. Você não faz ideia do que se passa aqui dentro de mim! É tão ridículo ver como você está. É tão absurdo pensar que não fosse aquela decisão – na época, tão difícil -, eu estaria do seu lado agora, passando a mão na tua cabeça, nesse exato momento de merda que você está vivendo. Como há 1 ano atrás.
Me espanta ver que você não melhorou: você está no mesmo lugar de 1 ano atrás. É incrível. E não adianta ler frase de autoajuda e repetir para si mesmo que você mudou. Pra cima de mim não, meu amor! Que eu te conheço bem.
Quando estávamos juntos, havia tantos planos mentais. Tantos sonhos, tantas vontades. A imaginação fervia. Mas realidade que é bom: nada. Fazer acontecer que é muito bom: nada. Admitir os erros e recomeçar: nem pensar. Você preferiu estar certo no teu egoísmo, na tua forma de ser. Parabéns.
Daqui, de muito longe, me sinto flutuar. Se você pudesse ouvir o som da minha risada, talvez ficasse assustado. Você costumava dizer que eu era puro exagero, pura demonstração. Por um tempo, por sua causa, eu realmente parei de rir. Você achava a minha tristeza engraçada. Palhaço: sempre fazendo piada sobre os meus sentimentos.
Mas se tem algo que deu para aprender é que quem ri por último não ri melhor: ri com muito mais vontade. Ver você na mesma é sentir algum alívio… com toques de perversidade.