Tudo bem que a maioria das pessoas altamente sensíveis, chamadas PAS, e das empatas (também conhecidas como empáticas) costuma sentir que há algo ~diferente~ em sua forma de ser e estar no mundo.
Embora a intuição de uma PAS ou empata quase sempre indique o caminho, é preciso separar alguns aspectos desses traços de personalidade. Alta sensibilidade e alta empatia possuem aspectos em comum, mas não são a mesma coisa.
Neste artigo, você entenderá as semelhanças, diferenças e poderá dizer se tá mais para uma PAS, empata ou ambas (sim, é possível ter os dois traços).
Conceitos: o que significa ser uma pessoa altamente sensível (PAS) e uma empata?
Ambos os conceitos estão pautados na psicologia e na psiquiatria, a partir de estudos feitos pelas autoras Elaine Aron e Judith Orloff.
A alta sensibilidade não precisa ser tratada e muito menos diagnosticada: não faz sentido falar em ~diagnóstico~ se não estamos falando de uma doença.
Pessoas altamente sensíveis (PAS) possuem uma predisposição genética à hipervigilância, logo, respondem imediatamente aos estímulos externos e internos. O cérebro das PAS processa qualquer informação de modo muito profundo.
A alta empatia segue o mesmo princípio. Não é um transtorno e também não deve ser ~tratada~, apenas gerenciada para que seja possível obter o melhor desse traço.
As empatas partilham das mesmas características básicas das PAS, mas levam a experiência muito mais longe, pois são capazes de sentir emoções alheias em seus próprios corpos e desenvolver clarividência, clariaudiência e clarissenciência.
Principais diferenças entre PAS e empata
De modo geral, as PAS:
- Curtem a espiritualidade, mas não acessam outras dimensões nem conversam com entidades, guias, etc;
- Amam a natureza, mas não se comunicam de forma extrassensorial com os animais ou com as árvores;
- Sentem muita empatia e compaixão pelos outros, mas não a ponto de absorver até mesmo dores físicas;
- Possuem baixa tolerância à dor, ao álcool e à cafeína;
De modo geral, as EMPATAS:
- Vivem a espiritualidade de forma muito intensa e conseguem visualizar, conversar e acessar outras dimensões;
- Amam a natureza e conseguem se comunicar com animais e árvores de forma extrassensorial;
- Sentem muita empatia, tanto, que às vezes, de forma inconsciente, pegam para si a dor dos outros, o que inclui sintomas físicos (se o outro está com o coração apertado e dolorido, por exemplo, uma empata também sentirá o próprio coração apertado e dolorido);
- Toleram mais substâncias químicas e são propensas ao vício (em álcool, cigarro, cafeína, etc).
Se eu tenho empatia, sou naturalmente empata?
Não.
Ter empatia é algo que quase todo ser humano pode sentir. A empatia como conhecemos é aquela tão falada nas relações profissionais e interpessoais. Ter empatia é conseguir interpretar e se compadecer das emoções alheias, sem, no entanto, senti-las. Alta empatia é outra coisa.
Assim como todo ser humano possui algum nível de sensibilidade, não significa que possua a condição de uma pessoa altamente sensível (PAS).
Vou me apropriar de uma linha de raciocínio criada pela autora Judith Orloff para explicar:
Observe: a linha acima nos ajuda a compreender os níveis de empatia. Começando por narcisistas, sociopatas e psicopatas, a empatia é zero. Eles realmente não conhecem isso.
Partindo para o meio, temos a maioria das pessoas: aqui, fica todo mundo que é capaz de sentir empatia e ouvir o outro.
Mais adiante, temos as pessoas altamente sensíveis (HSPs, em inglês: highly sensitive people), cujo nível de empatia é mais alto que o da maioria das pessoas, mas não tanto quanto numa empata.
A alta empatia é o extremo oposto e classifica as empatas. Se não aprender a gerenciar a alta empatia, uma empata constantemente absorverá emoções e sintomas alheios, o que pode causar fadiga crônica e uma agonia inexplicável, que vem ~do nada~.
Toda empata é uma PAS, mas nem toda PAS é uma empata
Como vimos, PAS e empata amam a natureza e podem enxergar nela algo de muito valioso e espiritual, mas as empatas podem desenvolver a capacidade de comunicação mediúnica e telepática.
Quem se identifica apenas com o traço da alta sensibilidade não costuma acessar a espiritualidade de forma tão profunda nem sentir atração por trabalhos que envolvam seres espirituais ou canalização de mensagens.
Lembrando sempre que estamos falando em tendências, ok? Definir o ser humano apenas a partir da alta sensibilidade e da alta empatia pode ser problemático, pois exclui a imensa complexidade da experiência humana.
Mas que é bom descobrir que não somos doidas, isso é, né? 🙂
* * *
E aí, depois de tudo esclarecido, com qual traço você se identifica mais? Compartilha que eu quero saber! E se mesmo lendo o artigo, não ficou claro pra você, corre fazer o teste oficial da alta sensibilidade clicando aqui, ó.
Sempre aprendendo contigo, Paty! Eu já desconfiava que era uma PAS, agora tô achando que sou PAS e empata…
Ahhh, que linda, Gi! Bem-vinda a esse universo! Como me identifico apenas com o conceito de PAS, agora fiquei curiosa para saber da sua experiência como empata. Precisamos conversar mais!